8.17.2011

Subindo de vida

Contrariando todos os especialistas que denunciam o fim da economia irlandesa, hoje comecei meu segundo emprego em um mês e meio em Dublin. De panfleteiro a lavador de prato, um salto na qualidade de vida! Mas vou contar a história toda.

Há umas duas semanas eu fui numa entrevista no Aviva Stadium. A ideia era trabalhar nos bares do estádio em dias de eventos. Acontece que a empresa que cuida dos bares do Aviva é tercerizada e presta serviços pra vários outros lugares na Irlanda e no mundo. Mas ok, fui na entrevista. A mulher que conversou comigo disse que ia entrar em contato e me fui esperar. E esperar. Até que ela ligou marcando uma "induction" (ui) na terça-feira às 16h. Demorei muito tempo pra entender INDUCTION e até agora não tenho certeza que entendi certo...  Mas feitoria. Terça às 14h, enquanto me embelezava pra ir, a moça me liga com a triste notícia de que a "induction" estava cancelada, mas deixou bem claro que ela ia ligar até sexta pra marcar outra. Não ligou. Malandra que minha namorada é, me aconselhou a ligar pra ela na segunda-feira. Liguei. E não é que ela tinha esquecido de mim? Disse pra eu ir no estádio na terça pra enfim descobrir o que é a tal "induction". Quando cheguei no Aviva, parecia uma festa aquilo: quase 100 pessoas (apesar de que eu não sou a pessoa mais confiável em estimativas de público) esperando pela "induction". Acontece que era só uns RPs e uns mulheres do RH explicando o que era a empresa e visão, valores bla bla bla. O importante era que  eu tive que preencher um formulário e a partir daquele momento eu estava CONTRATADO! Mas devido a burocracias, provavelmente eu só trabalharia no dia 27, quando vai ter jogo de rugby Irlanda x Inglaterra (fuck UK!).

E assim fui pra casa, feliz da vida e sedento por uma Guinness. O pessoal da nossa casa, o Luan e o Rodrigo tavam indo na Diceys, festa lotada de brasileiros e com pint barata. Pensei em ir, mas a noite merecia algo melhor. Então fomos, a Ana e eu, no pub aqui na esquina de casa (supostamente o mais antigo de Dublin) pra umas pints de comemoração. Acabamos premiados com música tradicional ao vivo e a melhor noite na Irlanda até agora. Íamos até gravar os velhinhos tocando, mas a bateria do celular da Ana acabou bem na hora. Que pena, agora teremos que voltar lá pra gravar e mostrar pra vocês...

Oito da manhã recebo uma ligação. Era a mulher do Aviva perguntando se eu teria como trabalhar IMEDIATAMENTE. Opa, estamos aí. Ela me mandou o endereço do lugar onde deveria ir por mensagem e deu instruções de como chegar lá. Era pra trabalhar lavando pratos no refeitório da Coca-Cola. Pouca gente, tranquilo. O problema foi ficar 4 horas de pé com um sapato 4 números menores que o meu (paulista pé de moça!).

Mas foi isso aí, estou vivo e de vez em quando empregado. E repito: QUE CRISE, QUE NADA!

(Acabei de ler o que escrevi e tem alguns erros e coisas mal escritas - além das prováveis falhas na memória -, mas tô com preguiça de arrumar.)

Beijos e abraços!

AH! To esperando minha edição impressa do BASTIÃO! Alguém mandou né??

Arthur

Um comentário:

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